Memórias do Diogo: algumas histórias de menino…


No dia quatro de julho,

Nasceu Diogo José!!!

Era um menino calmo

Gostava de estar em pé…

 

Um sinal do avô Sérgio,

na bochecha foi herdado,

e o cabelo castanho claro

de um galego emigrado. 

 

Com a avó de São José,

Salvé Rainha aprendeu,

do santo padrinho o nome,

que é do pai também é seu.

 

Da mãe possui o cabelo

ondulado, bem sedoso

e como o avô António

é do FCP - vaidoso.

 

Logo no primeiro ano,

tinha grande adoração...

subia e descia escadas,

sem olhar à proteção!!

 

E a tia acompanhava-o

sempre muito autoritária,

não fosse aprender a ler,

antes da escola primária.

 

(Grande foi a maratona,

e não foi menor surpresa,

vê-lo a dormir na carpete

co'a chupeta inda presa…)

 

Na piscina improvisada,

nunca queria mergulhar

e a Inês implicativa,

gostava de o gozar…

 

Ao dormir, todos temiam

o seu sono duvidoso,

pois o barulho emitido

tinha um som bem estrondoso…

 

Na casa da avó Bé,

era grande a brincadeira:

a Conchinha, a Quica, o António,

e a Teresinha por parceira.

 

Na casa da avó Cecília,

era a mesma reinação,

descobria-lhe as bolachas

e a manteiga com pão…

Por vezes, eram panados,

folhados, ovos estrelados,

mas os pratos preferidos

só do pai foram herdados.

 

O nome da D. Glória,

soava muito diferente,

pra usar bem a linguagem,

ele foi sempre persistente.

 

Na escola, só gostava

de inglês e matemática,

o português detestava

- assim a tia pensava!

 

Nos tempos breves do hóquei

os patins só ó pra trás,

mas a jogar futebol

logo se mostrou um ás.

 

Quando ia pró Castedo

tentava sempre ganhar,

fossem damas ou PSP

e ao João golos marcar.

 

Em certo dia infeliz

a caminho da aldeia

dava a estrada tantas curvas

- que vomitou na cadeira.

 

Da tia o vestido lindo

ficou com cheiro azedado,

ficou sem roupa o Diogo,

e também envergonhado…

 

Na estação de comboio

almoçou segunda vez

fugiu rápido de um cão

que assustara a Inês.

 

Já em época recente

em que andava sempre mudo

de repente houve milagre:

já falava sobre tudo.

 

Com estas breves memórias

quando eras pequenino,

espero que sempre guardes

teu sorriso de menino!!!


Porto, 4 de julho de 2019

 


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